quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Escoteiros
( fotos de diferentes momentos, mas são dos locais relatados )



Ao longo desses anos no escotismo, tivemos oportunidade de participar de inúmeras atividades e aventuras e por vez e outra revivemos algumas que achamos importante registrar.


Em uma oportunidade do ano de 2009, realizamos uma trilha que na época a chamamos de “Desafio das Águas” Porque tinha como principal desafio aventureiro passar a pé por um percurso entre estradas e vário rios da região extremo oeste de Santa Catarina;


O inicio da aventura teve como ponto de partida a praça central de Mondaí sentido Linha Láju Ponte baixa do rio Lajú, onde descemos pelo leito do rio ( dentro da água ) os amigos Rafael e João Paulo até a ponte da Barra do Lajú; Chegando na Barra, entramos pelo Rio das Antas passando a Ponte do rio na altura da Área de Lazer até a Barra do Rio Antas com o Uruguai;


Com o forte calor e cheias dos rios nos obrigava a tomar cuidados especiais com nossa segurança e com os equipamentos; Na Área de lazer tivemos nosso primeiro lanche e atravessamos o Antas no sentido da Linha Sanga Forte com nossas mochilas carregando o equipamento necessário para acampar dois dias. Seguimos pela estrada com o rio Uruguai sempre a nossa direita até passarmos algumas sangas da região, potreiros, capão de mato e chegarmos a uma mata um pouco mais fechada, depois, um campo de criação de gado e chegamos à barra do rio Iracema, onde enfrentamos nossa maior dificuldade de atravessar em meio à enchente e o represamento dos rios, mas conseguimos atingir nosso objetivo chegando em terras da cidade de Riqueza;


Rumamos para Linha São José, até o salão da comunidade passando por um imenso milharal até chegar ao nosso segundo ponto de descanso; Depois, seguimos em direção a direita na estrada até uns galpões e a esquerda sentido a Ilha de São Domingos. Chegando à propriedade particular onde tem um campo de criação de gado muito grande, descemos por estradas de roça que tem como ir de carro até o rio Uruguai;


Atravessamos pela água com algumas taquaras e boias que já estavam lá deixadas pela equipe de apoio, até a Ilha São Domingos; À noite, com nossos dois amigos Leite e Hesdras recém chegados para a segunda parte da aventura, montamos acampamento logo após amarrar na beira do rio nossas taquaras e boias;



Ao pé da fogueira jantamos e cantamos algumas canções ouvindo o vento de chuva e os sons da natureza como as corredeiras do rio, as ondas a beira da prainha de areia e os animais noturnos; Contamos algumas histórias de escoteiros, rimos muito, conversamos sobre o que foi chegar até aquele momento e o que teríamos pela frente;



Logo, cedo, acordamos e lanchamos, fomos montar nossas jangadas feitas de boias de caminhão, taquaras e algumas amarras e nos largamos nas águas frias,escuras e barrentas do rio Uruguai rio a baixo remando e registrando os locais com nossa máquina fotográfica;


Ao chegarmos em Mondaí, no porto da barca, na pracinha, principal ponto turístico da cidade, percebemos o quanto foi bom superar os limites do Desafio das águas, como foi importante para cada um de nós superar seus próprios limites e desafiar-se a cada quilometro caminhado ou navegado, onde tivemos muitas emoções vividas em apenas dois dias de aventura, que teve seu inicio em um despretensioso e-mail de motivação envidado, onde desejamos realizar tal façanha e quando se quer algo, podemos atingir.



As adversidades são oportunidades e o autoconhecimento nos motiva e nos orienta a agir diferente, a sair da comodidade e buscar algo melhor.
Quando conseguimos ver os momentos de dificuldade em oportunidades, normalmente desenvolvemos nossa criatividade por meio de iniciativas que por vezes temos que rir ao lembrar, como o simples fato de remar sem um remo ou mesmo montar uma barraca somente com galhos e folhas, ou mesmo tratar das bolhas dos pés como curativos improvisados ou proteger-se do sol com o que há a disposição.
Em breve faremos outras aventuras.



Muitas vezes vivemos momentos de decidir entre o querer e o não querer, ou seja,  querer ou não querer fazer e realizar. O conhecimento nos ajuda a ver, por exemplo, a doença como uma educadora de comportamento, que veio para nos obrigar a ficar em alerta, nos estimulando a desenvolver outras formas de ver a vida, cuidando da alimentação, realizando exercícios físicos, mas muitas vezes demoramos a querer fazer porque julgamos impossível ou muito complicado.

Devemos ter atitude e desengavetar ideias, projetos e aventurar-se pela natureza curtindo o ar livre e lembrar de agradecer os momentos difíceis  porque possibilitaram o nosso fortalecimento e o nosso desejo de viver melhor.

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