segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Aventuras com caiques Dicas

Para nossa aventuras preferimos remos simétricos, enquanto uma pá está na água a outra está no alto, criando resistência ao movimento, como um freio aerodinâmico. As pás do remo estão iguais, na mesma direção e evita que tenhamos que girar ou trabalhar com o remo para remar, no caso de remos assimétricos.


O tamanho ideal do remo é equivalente a altura do remador mais o seu braço esticado, uns 40 cm , de forma que consiga dobrar os dedos sobre a lâmina da pá.


Seguramos com as duas mãos o remo de forma que a distância entre cada mão seja igual ao ombro. Procuramos centralizar o remo ao corpo, para que cada mão fique numa distância igual a pá do remo correspondente.Muito importe o uso de luvas, do modelo de ciclismo, para evitar calos, principalmente em grandes distancias.Outra dica é evitar o possível umedecer as mãos em grandes jornadas de caiaques evitando rachaduras na pele. 


Ao entrar com a pá do remo na água para dar impulso no caiaque, procuramos fazer como se fosse cortar um pedaço de bolo e trazê-lo para si. Para isso, giramos um pouco com o ombro ao lançar a remada, inclinando o corpo para frente do caiaque para buscar a água e puxando-a para trás girando o troco enquanto retorna o corpo para o encosto do acento, terminando o movimento da remada girando levemente o corpo como se estivesse acompanhando com o olhar a pá que segue em direção a popa, sem movimentos bruscos, se quisermos resistir a horas de remadas. Quando estamos muito cansados, durante a navegação, usamos um apoio nas costas para mantermos eretos e diminuir o cansaço.  
Remar cadenciado com a inércia do caiaque irá fazer você aproveitar mais a remada, sem colocar força e ter um movimento suave, contínuo. Quando em equipe, dica bem legal navegar de forma cadenciada, como se fizéssemos uma caminhada e automaticamente estamos no mesmo passo dos nossos companheiros.

Tipos de caiaques usados na aventura
Caiaque Aberto: Este caiaque sem a parte de cima e não forma um buraco para o canoísta colocar os pés. Muito fácil de subir e descer em qualquer tipo de água. Estes barcos devem ser curtos (menos que 3,00m) e largos (mais que 0,65m ) para serem estáveis. Alguns modelos são auto-drenáveis, pois tem furos para esgotar a água que entrar na parte de cima. Indicados para o remador iniciante ou aquele que quer dar um passeio tranqüilo sem preocupação de velocidade ou então aquele usuário que pretenda ficar confortavelmente sentado admirando a paisagem ou pescando. Estes caiaques tem tido uma grande aceitação e estão substituindo com vantagens os caiaques convencionais fechados , que durante muito tempo foram os mais vendidos. Preferimos usar esse tipo de caiaques também por alguns modelos conter bagageiro e ter local para transportar água, mochila e ou material de pesca. Em algumas aventuras os caiaques mais estreitos levam larga vantagem em águas tranqüilas e pedem muito em estabilidade em corredeiras, por isso é fundamental saber escolher o tipo de caiaque que melhor se encaixe com o tipo de aventura que praticamos. Outra dica é usar caíques de vibra, devido a facilidade de consertos rápidos, o peso e flutuarem melhor.


Caiaque de turismo: Estes caiaques são fechados e tem, em geral comprimento maior que 3,5m. São caiaques destinados a quem pretende empreender pequenas expedições ou passeios mais longos. Eles são confortáveis, mas exigem alguma experiência e habilidade, em especial, para subir nele e esgotar água em caso de inundação interna. Sua vantagem sobre os barcos mais curtos é a velocidade.
O caiaque foi inventado a milhares de anos no Ártico pelos esquimós. Os barcos eram construídos com os materiais disponíveis no local. Peles de foca costuradas com tendões de animais, a pedaços de madeira, ossos de baleia entre outros.

Apesar de tão poucos recursos, os esquimós criaram barcos muito bons, e navegavam com eles em expedições onde caçavam para garantir a sua sobrevivência em um dos ambientes mais hostis do planeta.
A arte da construção de caiaques foi evoluindo cada vez mais, e surgiram diversos tipos de caiaques, cada qual característico de uma região.
O homem moderno vem resgatando a tradição da navegação em caiaques, movido pelo desejo de aventura e para ter um contato maior com a natureza. O caiaque é a embarcação ideal para estas finalidades, o remador se transforma em um barco ao "vestir" o caiaque. As pernas se transformam no casco do barco, e os braços se unem aos remos para propulsão.
A tecnologia e matérias primas modernas permitem que se produzam excelentes barcos em escala industrial. No hemisfério norte a canoagem oceânica é um dos esportes que mais crescem.(
http://www.almadorio.org.br/ )
Outras dicas importantes:
·         Fazer a manutenção dos caíques e cuidar ao navegar para não atingir as pedras;
·         Verificar pequenos vazamentos que podem comprometer uma aventura;
·         De tempos em tempos é bom verificar se não tem muita água no casco e esvaziar;
·         Muito cuidado com o sol ao navegar;
·         Observe bem as maneiras de transportar os caiaques;
·         Use sempre remos e coletes adequados;
·         Sempre comunique para onde e com quem irá aventurar;
·         Planejamento é muito importante;
·         Procure não navegar sozinho;
·         Tire lindas fotos;

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Aventura de Caiaques no rio Uruguai em fevereiro de 2012

Aventura
No dia 20 de fevereiro de 2012 , 4 aventureiros escoteiros desenvolveram uma incrível aventura pelas águas do rio Uruguai com o objetivo de conhecer e ver de perto a realidade dos rios da região no que diz respeito a seca que se agrava, lixos e degradação das matas ciliares.
A aventura desenvolveu-se por meio de caiaques tendo o inicio da navegação na cidade de Iraí – RS passando pelos municípios de Palmitos, Caibi, Riqueza, terminando na cidade de Mondaí, capital da Fruta.

Na Manhã de feriado de carnaval, de segunda feira, Rafael Mendes de Caibi, Vitor Grisang de Mondai, ambos do Grupo escoteiro Yucumã ; João Vitor e João Paulo Probst do 27º Grupo Escoteiro do ar Julio Wolff, aventuraram-se pelas águas do rio Uruguai, passando por importantes rios como da Várzea, Iracema e Antas.


Durante o trajeto foram conhecidas duas grandes ilhas, uma próxima ao rio da Várzea e a outra no São Domingos. Em muitas regiões a degradação das matas ciliares é evidente e torna a erosão das barrancas muito preocupante.

Verificou-se que devido às baixas dos rios com a seca, as dificuldades de velocidade se tornam muito grande, levando 8 horas de navegação para chegar ao ponto de objetivo. Também encontraram diversas pegas de animais como: Capivara, Marrecas, Quero-quero, Bem-te-vi, Martins pescador, Gaviões, entre outros, que renderam muitas fotos.
Quanto a lixos e depredação da natureza, verificou-se durante o trajeto que o pessoal que freqüentam essas regiões, pescadores e admiradores do rio, tem praticado a pesca e passeios de forma consciente, recolhendo seus lixos mantendo os locais limpos e de impacto mínimo em algumas ilhas.

Durante a aventura foram tomados alguns cuidados como comunicar para onde estão indo e quanto tempo pretendem levar com a aventura, o uso de coletes salva vidas, muita água potável, luvas para evitar calos, protetor solar, caiaques especiais, remos de alumínio, alimentação leve, roupas para cobrir todas as partes do corpo evitando queimaduras com o sol, aparelhos de celular, mochilas adequadas, transporte das embarcações para levar e buscar os caiaques e pessoal de apoio.

Foram superados alguns obstáculos como corredeiras e dois poços muito grandes de águas paradas, partes muito baixas do leito do rio, o sol e calor que judiava os aventureiros, peso das embarcações e no momento da chegada enfrentaram um temporal com fortes ventos o que deixou a aventura muito mais emocionante e com gostinho de quero mais.


É muito importante manter as margens dos rios com matas ciliares e vegetação para evitar a erosão, recolher os lixos e evitar fogueiras, levar todo lixo após acampamentos e passeios, usar equipamentos de segurança ao navegar e denunciar os que depredam e empobrecem a natureza e belezas dos rios da região,

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

adicon


O 27º Grupo escoteiro do Ar Julio Wolff La Salle participou com os chefes Marcelo, Barbara, Nilson, Elizete, Jair, Brenda, Nicoli, Joseane e João Paulo do ADICON 2012 nos dias 21 e 22 de janeiro na cidade de Mondai com a participação de 15 grupos escoteiros e mais de 93 participantes de toda região representando as suas cidades em acampamento na AABB a beira do rio das Antas.
O ADICON, atividade distrital de confraternização reúne adultos do escotismo de todo o oeste de Santa Catarina para confraternizar entre distritos, discutir ações, promover melhorias e planejar as atividades do ano que se inicia acompanhando o calendário da UEB. União dos Escoteiros do Brasil, desenvolvido pelo grupo Escoteiro anfitrião, 38ºGrupo Escoteiro Yucumã.
 No Sábado após a abertura oficial com as delegações no camping da AABB, aconteceu um grande jogo e em seguida uma trilha com 5km passando pelo projeto da TERRA VIVA onde os participantes passaram em áreas ecologias, participaram de decidas com cordas, tobogã de lama e travessia do rio em uma tarde de forte calor e muito esforço físico. Já à noite, após o arreamento das bandeiras e jantar, tiveram a primeira reunião para discutir assuntos relevantes de melhorias em atividades e participaram do fogo de conselho com o tema “A NOITE DAS MASCARAS”  que aconteceu ao pé da fogueira na sede do Grupo Escoteiro no centro de Mondaí.
Domingo pela manhã, após hastear as bandeiras aconteceu o momento espiritual e seguiram com os trabalhos de planejamento do calendário 2012 com os grupos/cidades presentes para em conjunto definir onde e quando serão realizadas determinadas atividades para Lobinhos, escoteiros, Sêniors, Pioneiros, chefes e dirigentes.
O evento foi um sucesso tanto na adesão e participação das cidades/Grupos, nas atividades oferecias, na organização local, nas instalações do camping bem como no resultado alcançado que vem de encontro aos interesses diretos das crianças e jovens de toda região do oeste de Santa Catarina.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

escoteiros do ar

O Escotismo, como atividade complementar da educação familiar, escolar, atende aos desejos dos jovens de aventura e desafios, para a construção de suas personalidades. Visa à formação de Homens e Mulheres preparados, felizes e úteis à sociedade.
Ser Escoteiro é acreditar que podemos ser melhores, “para deixar o mundo em melhores condições do que o encontramos.”
As atividades do Escotismo são desenvolvidas com o apoio e a participação de adultos voluntários desde 1907, quando da sua fundação na Inglaterra e a partir 1913.

A Modalidade do Escotismo do Ar, ao contrário das outras duas modalidades convencionais, Básica e do Mar, não foi idealizada por nosso fundador Baden Powell, nem mesmo na Inglaterra, teve suas origens aqui mesmo na Brasil nos últimos anos da década de 30.
O principal idealizador e incentivador dos Escoteiros do Ar foi o Major-Brigadeiro Godofredo Vidal, um homem apaixonado pela aeronáutica e com uma variedade incontável de talentos e interesses. Estudou Engenharia, línguas, geografia, história, pintura, interessava-se por esportes, radioamadorismo e educação, tendo escrito uma série de artigos e monografias.

Juntamente com o Major Aviador Vasco Alves Secco e o Sub Oficial Telegrafista Jayme Janeiro Rodrigues, Godofredo Vidal, na época Tenente Corornel Aviador, estudou e avaliou profundamente o Escotismo desenvolvendo a possibilidade de aplicar princípios da aeronáutica no Movimento Escoteiro. Nasceu assim a Modalidade do Ar, sendo em abril de 1938 oficializada junto à UEB a fundação do Grupo Escoteiro do Ar Tenente Ricardo Kirk, o primeiro desta Modalidade em todo o mundo.

Seis anos depois, em abril de 1944 é criada a Federação dos Escoteiros do Ar que reunia todos os Grupos desta Modalidade. Em 1951, o Brigadeiro Nero Moura, então Ministro da Aeronáutica, determina através da portaria No. 256 que as unidades da Força Aérea Brasileira dessem total apoio aos Grupos Escoteiros do Ar, reconhecendo a importância deste Movimento de Jovens especialmente para o incentivo ao interesse pela aeronáutica.

Durante as décadas de 60, 70 e 80 o Escotismo do Ar foi consolidado pelo trabalho de Jayme Janeiro, que participara da criação da Modalidade e tornara-se Chefe Escoteiro. Foi ele o idealizador do Curso de Adestramento Técnico do Ar, o CATAr, realizado até hoje para o Adestramento técnico de Escoteiros e Chefes da Modalidade do Ar.
Informações
Texto de autoria da Página Escotismo Brasil (www.escotismo.com.br )

O Movimento Escoteiro está aberto para os que desejarem conhecê-lo. Procure um Grupo Escoteiro próximo de sua casa

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Amigos confiáveis

Eu tenho amigos que me acompanham a muitos anos, muitas vezes em uma amizade de poucos encontros pessoais, mas de muito respeito, compreensão e admiração entre as partes. Iniciou por meio do escotismo ou esporte, encorpou nas aventuras e atividades, fortaleceu-se pela fase espiritual vivida, e se consolidou pela lealdade que mantemos. Em tempos de carência de amizades. Há um livro ( em inglês The Friendship Factor), onde o autor, Dr Alan McGinnis, diz que a maioria das pessoas, podem até falar, mas na realidade não colocam a amizade em sua lista de prioridades. Quando mudamos de uma cidade para outra e temos que fazer novos amigos, nos perguntamos, como fazer amigos confiáveis?


Vivemos isso quando fomos morar em Curitiba PR. Onde formamos grandes amizades mantidas até hoje. Depois, quando retornamos à Mondaí e encontramos 10 anos mais, um povo diferente do que havíamos nos despedido e por lá formamos verdadeiras amizades novamente. Quando em São Miguel, já mais velhos, vivenciamos tudo de novo, adaptação, ares novos, círculos de amizades e convivência diferente do que habitualmente tínhamos, cultura, manias, padrão de ações, divisões políticas e sociais e muito mais, que encontramos, porém, conseguimos.

Iniciamos tendo atitudes positivas, com honestidade e sem medo de ser a gente mesmo. Cultivamos qualidade da franqueza na vida. Depois vem a necessidade de perdoar e ouvir. Não podemos esquecer que mesmo amigos cometem erros, assim como a gente. Passamos a aprender junto e trocar experiências estreitando os mundos com muita atenção e ouvindo o que o outro tem a nos passar antes de dizermos o que queremos. Podemos iluminar o dia de alguém com atenção, um bom dia, um e-mail, um telefonema, uma mensagem pelo celular, tomar um chimarrão gostoso e jogar conversa fora.

Nossos amigos significam muito para nós e devemos expressar isso de vez em quando, se esforçar e criar mecanismos para que achemos tempo para eles e mantê-los como se fossem plantinhas que devemos regar e cuidar diariamente para que seja forte, duradoura e verdadeira.

Jogar futebol, Fazer uma festa, um jantar, uma cervejada, acampar, navegar com jangadas ou caiaques, fazer aventuras e excursões, jogar cartas, caminhadas, etc...

Outro dia eu li:“quando for escolher um amigo, procure compreensão, e não perfeição. Afinal de contas, se a pessoa fosse perfeita talvez não quisesse você como amigo. Um amigo é um presente que nós damos a nós mesmos”. Hoje pense: “Farei um amigo sendo amigo”.

Agradeço a todos os amigos que temos todos os dias, os novos e os antigos=

Amigos dos anos 80 como Cleomar Konerat, hoje morando no Nordeste, Leandro G. ( Lê ) que me acompanha até hoje quase que diariamente,entre outros;

Amigos dos anos 90 como Marcelino Fernandes, hoje morando no Mato Grosso, Pedro Salanek e esposa em Curitiba, entre outro;

Amigos dos anos 2000 Vitor Grisang, Rafael Mendes, Claudir Blank, Marcelo Raimam, Narcizo Saferio, Jandrei, Alex, Baloo, Tiago, Chapelingo, Helga, Aldo, Marcos,Cassio, Alceu, Gilson Risther, muitos outros, que época boa!

Amigos atuais, Barbara, Marcelo, Rodrigo Breier, Geraldo, Deivid, Thiago, Julimar, Nelvio, Faber, Alexandre Bruxel, Lizi, Bido, Folmer,Jair, Elizete, Nicole, Brenda e muitos, muitos, muitos mesmo que tanto gostamos e todos são CONFIÁVEIS!

Tem os amigos que já se foram a valorizar e cabe contar uma história: Estávamos eu e meus amigos Julio Wolff e Leandro G. em uma longa caminhada e quando já estávamos retornando de uns 18 km a pé pela madruga pelo interior de Mondaí, a trilha nos levava por trás do cemitério municipal quando eu comentei que quando um dia eu fosse embora, me enterrassem bem no alto de frente para o rio Uruguai e cidade, de frente para o sol nascente para que eu pudesse ver o que tanto ame. Quando fui interrompido pelos amigos que não seria eu que estaria ali, apenas a roupa que usei nessa encarnação e que estaria em memória quem sabe e for a hora.Hoje meu amigo descansa em Paz e sua roupa está lá naquele lugar que comentamos, vivendo já em outra vida junto ao criador, mas deixou um legado valioso aqui. Quem sabe em breve nos encontraremos e possamos andar juntos em aventuras que por momento foi interrompidos nessa existência.

Valorizar nosso amigos para que tenhamos tempo de dizer-lhes o quando são importantes é essencial nessa e em outras vidas.

Forte aperto de canhota

Abraços!

Escotismo moderno

Escotismo moderno


Sou João Paulo Probst, atualmente presidente de grupo, tenho 38 anos, fui lobinho em 79, escoteiro nos anos 80, sênior entre os anos 80 e 90, chefe ainda muito moço aos 17 anos para evitar que o grupo de uma cidadezinha do interior de Santa Catarina, na época fechasse as portas. Boas lembranças daquela época de escotismo de amadorismo administrativo e de gestão, colocamos tudo em ordem em 92, estatuto, regimentos, finanças e registros. Pra minha surpresa ninguém era registrado até ali. Chegamos a sediar um Elo naquele ano e muita coisa funcionou direito e é assim até hoje por lá, porem, com um escotismo voltado para crianças de pouca oportunidade social, eu mesmo era um deles. O tempo passou, o escotismo mudou, os coordenadores e diretores também e veio a pratica do escotismo dita como a correta onde andamos nas pontas dos cascos devido as leis e a inúmeros artigos a serem seguidos, onde advogados colocaram nosso escotismo enquadrado na atualidade para evitar processos e defender a entidade maior, também vieram os pedagogos e de arrasto os psicólogos que com suas teorias aplicativas lúdicas na pratica mudava o que era bom para algo mais atualizado e de acompanhamento constante onde antes com menos de meia dúzia se chefes tocava-se uma tropa e em 80 anos sempre deu certo, passamos a ter que manter em uma tropa escoteira os mesmos três principais chefes que estão ali pra toda hora, mais 3 para as etapas progressivas, um para as especialidades, outro para a parte burocrática como autorizações, certificados, acompanhamentos, ciclos de programas, a fim de alimentar tudo que a diretoria solicitar e for necessário. No duro mesmo, não temos como hoje tocar uma tropa escoteira com menos de 7 chefes nos atuais moldes aplicados do escotismo anos dois mil. E olha que quando membro juvenil, fiz um teatro em 1983 onde representávamos o escotismo de hoje e não era bem assim que imaginávamos, hehehe. Aqui estamos, com dois cursos avançados nas costas, um de dirigente institucional e um de escotista, vendo o escotismo ser praticado de forma engessada, burocrática onde na teoria a pratica é outra. Nossas crianças e jovens adoram o escotismo e sabemos todos das dificuldades enfrentadas pelos grupos no que diz respeito a finanças e custos e cada dia mais a gente vê atividades locais e distritais a custos baixos com vinte a quarenta pila em média visando um publico socioeconômico menor e quando participamos de atividades maiores prestigiadas pela entidade máxima, a realidade passa a ser oitocentos pila mais transporte, etc. como é o caso do Jamboree e outras mais. Ai eu pergunto, a quem queremos enganar? A realidade bate a nossa porta e seremos do movimento mesmo daqui a mais 40 anos e o escotismo terá quase cento e cinqüenta anos e terá mudado novamente e se adequado a realidade existencial, porem com um diferencial, “ Nós sempre seremos exóticos no meio social em que vivemos”, oferecemos vida ao ar livre, longe de casa, da TV, dos orkuts, MSN, e-mail, junto a natureza, em rios, em montanhas, árvores, em lugares que outras crianças sonham em um dia estar e fazer parte e muitas vezes não podem. E assim seguimos, remando contra a maré, seguindo nossa jangada e com ela levamos nossos amigos e formamos novos amigos no percurso, que nos ensinam e aprendem também, e pode acreditar, tudo voluntário!

Gente, um bom inicio de ano 2012 e nos vimos por ai em novas aventuras.

Continuem a remar, Estamos juntos!

Forte aperto de canhota.